Farmacovigilancia
Estudo das mutações no gene do Receptor 3 do Fator de Crescimento de Fibroblastos
(FGFR3) Acondroplasia, Hipocondroplasia e Displasia Tanatofórica.
ACONDROPLASIA
Aspectos clínicos
A acondroplasia é a forma mais comum de nanismo congênito e sua prevalência chega de 0,1 a
1,5 casos em cada 10.000 nascimentos. Clinicamente a doença é caracterizada por encurtamento das extremidades, particularmente nos segmentos proximais, alargamento da fronte, hipoplasia mediana da face e configuração das mãos em forma de tridente. Ocorre ainda uma hiperextensilidade da maioria das articulações, principalmente dos joelhos com exagerada lordose lombar quando a criança começa a andar. Uma hipotonia de média a moderada é comum e a inteligência é normal, exceto em casos que ocorram conjuntamente uma hidroencefalia ou outra complicação no Sistema Nervoso Central. Em algumas crianças percebese que o desenvolvimento cognitivo não acompanha o desenvolvimento motor, o qual se encontra tipicamente atrasado. O risco de morte no primeiro ano de vida pode chegar a 7,5%, devido, principalmente, à compressão na medula cervical. Além disso, a alta freqüência de pacientes obesos agrava o índice de mortalidade associada à estenose lombar e contribui para problemas nas articulações e problemas cardiovasculares precoces.
Diagnóstico molecular
Molecularmente, o gene do receptor3 do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR3), localizado no braço curto do cromossomo 4, está associado à acondroplasia. Mais de 97% dos casos são causados por uma ou duas mutações neste gene, o qual resulta na substituição de um aminoácido específico, G380R, cujo padrão de herança é autossômico dominante. Casos esporádicos de acondroplasia têm sido associados à avançada idade paterna, sugerindo que estas mutações “de novo” ocorram preferencialmente durante a espermatogênese. A maioria desses pacientes apresentam a transversão GA, embora existam relatos da