FARMACOTECNICA
A estrutura dos heterosídeos (figura 1) apresenta-se as oses ligadas à genina de natureza esteroidal através da hidroxila β em C-3. Para as Asclepiadáceas podem estar ligadas ao C-3 e C-2 formando uma estrutura cíclica. Os resíduos de hexoses podem variar de um e quatro, unidos por ligações β 1-4. Quando a glicose está presente, encontra-se sempre na porção terminal da estrutura.
Os heterosídeos se distinguem em primários e secundários. Sendo que os primários encontram-se nas plantas frescas, apresentando uma molécula terminal de glicose, eliminada por hidrólise durante o processo de secagem, formando os heterosídeos secundários. Figura 1. Estrutura química dos heterosídeos.
Fonte: FARIAS (2011, p. 2).
As geninas possuem o esqueleto tetracíclico característico dos esteroides. Nos cardioativos o encadeamento dos ciclos B/V trans e C/D cis, sendo esse último caráter condormacional, enquanto que as Asclepiadáceas possuem ciclos A/B cis e raramente trans. Apresentam duas hidroxilas, uma secundária (C-3β) e uma terciária (C-14β); um hidrogênio ou hidroxila (C-5) e uma metila (C-13). O ciclo lactônico α, β insaturado na posição C-17β acima do plano da molécula é o último elemento que completa a estrutura básica das geninas cardiotônicas.
Os cardenolídeos são os mais prevalentes na natureza é possuem ciclo lactônico com quatro carbonos (figura 2, a). Os bufadienolípeos são formados por cinco carbonos (figura 2, b). As duas apresentam distinção pelo tamanho do anel lactônico.
Figura 2. Tipos estruturais das geninas cardiativas, conforme a estrutura do anel lactônico.
Fonte: FARIAS (2011, p. 2).
Dentre os resíduos de açúcar, as 2,6-didesóxi-hexoses são mais encontradas. Possuem ao lado das suas oses 6-desózi-hexoses e 6-desóxi-3-metil-hexose. A molécula de glicose pode estar presente nessas estruturas heterosídicas. A 2,6-didesóxi-hexoses, ou 2-desóxi-metilpentose, aparece frequentemente metilada ou acetilada na posição C-3.