Farmacotecnica
EXCIPIENTES e ADJUVANTES
FARMACOTÉCNICOS
1
Excipientes Farmacotécnicos
EXCIPIENTES FARMACOTÉCNICOS
1. Evolução do conceito
No século 21, as funções e a funcionalidade dos excipientes, devem ser interpretadas de acordo com as novas tendências do mercado farmacêutico. O tradicional conceito de
excipiente,
como
sendo
simples
adjuvante
e
veículo,
química
e
farmacologicamente inerte, vem sofrendo grande evolução. Excipientes, anteriormente vistos como meras substâncias capazes de facilitar a administração e proteger o fármaco, são considerados, nos dias atuais, como constituintes essenciais, que garantem o desempenho do medicamento e otimizam a obtenção do efeito terapêutico. No passado, a atenção da indústria farmacêutica e dos órgãos de regulamentação direcionava-se, principalmente, para o controle da qualidade do fármaco, dando atenção menor aos excipientes. Todavia, a evolução tecnológica, econômica, científica e dos fatores de regulamentação, possibilitaram a observação de considerações especiais acerca do papel dos excipientes, de acordo com suas características físicas, inerentes ao emprego dos mesmos nos processos produtivos e na liberação do fármaco a partir da forma farmacêutica
(FF).
Uma definição mais recente regulamentada pelo IPEC (International Pharmaceutical
Excipients Councils) é a seguinte: “excipiente é qualquer substância, diferente do fármaco ou do pró-fármaco, que tem sua segurança avaliada e, a partir de então, pode ser incluída na forma farmacêutica, com as seguintes intenções:
possibilitar a preparação do medicamento;
proteger, fornecer ou melhorar a estabilidade e a disponibilidade biológica do
fármaco, além da aceitabilidade do paciente;
2
Excipientes Farmacotécnicos
propiciar a identificação do produto;
melhorar ou promover qualquer outro atributo relacionado, não somente à segurança
mas, também, com a efetividade do produto