1.Introdução O nome cravo, em português, deriva da palavra latina clavus, que significa “prego”, devido sua aparência física. O cravo da Índia é conhecido popularmente como craveiro-da-índia, rosa-da-índia e cravoária. O craveiro da Índia pertence à família das mirtáceas (Myrtaceae) e é atualmente conhecido cientificamente pelo nome de Syzygium aromaticum [L] Merr. et Perry, porém já foi classificado como Eugenia caryophyllus (Sprengel) Büllock et Harrison, Caryophyllus aromaticus L. Eugenia caryophyllata Tumb e Eugenia aromatica (L) Baill. Famoso por sua utilidade junto à culinária e também na medicina popular, a utilização do cravo da índia vem de muitos anos. Essa especiaria foi uma das primeiras a serem comercializadas no mundo. Existem relatos na literatura acerca de sua utilização para mascarar o hálito daqueles que fossem a uma audiência com o imperador chinês. Além disso, os egípcios usavam especiarias, como o cravo, para fortalecer os trabalhadores, como aqueles que trabalhavam nas pirâmides, prática que também se difundiu entre os romanos. A árvore do cravo é nativa das Ilhas Molucas ou Ilhas das Especiarias, que atualmente fazem parte da Indonésia. Por volta do século XVI, Portugal tinha conquistado essas ilhas e controlava o comércio de cravo, bem como de outras especiarias. Em 1605, os holandeses encontraram o caminho para as Ilhas Molucas e passaram a praticar também o comércio de especiarias. No início de 1800 os britânicos promoveram o plantio de árvores de cravo da Índia em outros lugares, como Madagascar, Brasil, Tanzânia e principalmente Zanzibar, que hoje é o maior exportador de cravo do mundo. Hoje, no Brasil o grande polo produtor de cravo da Índia encontra-se na Bahia, principalmente na região do baixo sul, em cidades como Valença, Ituberá e Camamu.
2. Macroscopia e microscopia O cravo da Índia frequentemente usado é o botão floral seco do S. aromaticum, uma planta de porte arbóreo com copa alongada característica e que