farmacia
Print version ISSN 0021-7557
J. Pediatr. (Rio J.) vol.83 no.2 suppl.0 Porto Alegre May 2007
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000300004
ARTIGO DE REVISÃO
Dengue e dengue hemorrágico: aspectos do manejo na unidade de terapia intensiva
Sunit SinghiI; Niranjan KissoonII; Arun BansalI
IThe Department of Pediatrics, Advanced Pediatrics Centre, Postgraduate Institute of Medical Education and Research, Chandigarh, India
IIThe Department of Pediatrics, Acute and Critical Care Program, University of British Columbia, Canada
Correspondência
RESUMO
OBJETIVOS: Descrever a epidemiologia, as características clínicas e o tratamento do dengue e das síndromes do choque associadas ao dengue.
FONTES DOS DADOS: Para esta revisão de literatura, foi feita uma pesquisa no Pubmed e nos websites da Organização Mundial da Saúde (OMS) e OPAS usando os termos dengue e síndrome do choque associada ao dengue. A informação foi complementada com a experiência pessoal dos autores.
SÍNTESE DOS DADOS: O dengue é a mais importante doença viral transmitida por artrópodos em seres humanos. A doença se manifesta de diversas formas, variando desde uma síndrome viral não-diferenciada até febre hemorrágica e choque grave. O dengue é uma enfermidade autolimitada, não específica, caracterizada por febre, cefaléia, mialgia, e sintomas constitucionais. As formas mais graves (febre hemorrágica e síndrome do choque) podem levar a um comprometimento multissistêmico e ao óbito. O diagnóstico precoce e um acompanhamento contínuo do agravamento e da resposta ao tratamento são necessários em todos os casos. A OMS recomenda uma abordagem escalonada para o manejo, adequada para as formas mais leves e para o choque precoce. Nas formas mais graves, é preciso uma abordagem agressiva de reanimação com fluidos e de suporte à falência de órgãos em pacientes em estado crítico. As pesquisas sobre as diferenças fisiopatológicas entre o choque do