Farmacia
Na área da saúde, uma das primeiras preocupações da humanidade foi o desejo de buscar procedimentos que possibilitassem minimizar o sofrimento ocasionado pelas doenças e que garantissem a sua sobrevivência.
A concepção das primeiras civilizações a respeito dos males causados pelas doenças possuía conotação mágico-religiosa, devotando ao sobrenatural sua origem. Acreditavam que suas patologias eram ocasionadas pela necessidade de provação determinada pelos espíritos e, dessa forma, que a única maneira de cura seria a ajuda divina. Através de rituais, os pajés, sacerdotes e feiticeiros da época - mediadores entre o homem e os deuses - preparavam chás, poções, incensos e confeccionavam amuletos, objetivando afastar os maus espíritos causadores das moléstias. Com isso, surgiu um laço muito profundo entre a religião e o uso de substâncias, principalmente de origem vegetal, advindas da natureza. Essa atividade era envolta de mistérios, cujo conhecimento não era permitido aos demais membros da tribo.
Ao observar a evolução das civilizações primitivas, verifica-se que, com o decorrer do uso de plantas na obtenção de cura das doenças, maior atenção foi dada a essas substâncias, sendo que a importância da intervenção divina tendia a retroceder. O homem passou a crer que a natureza seria responsável por prover os meios para amenizar seu sofrimento, fornecendo de forma simbólica, melhor indicação para o seu uso como medicamento. Os primeiros praticantes que faziam uso de drogas, classificavam-nas de acordo com suas características e, como muitas dessas substâncias tinham sabor ou odor desagradáveis e até repugnantes, houve a preocupação em alterar as formulações dos medicamentos, visando a sua melhor aceitação por parte do paciente. Surgiu, dessa forma, a Arte Farmacêutica.
Ao longo da história da Farmácia - a partir do período religioso, filosófico, experimental e científico - observa-se a preocupação na codificação e