Faringotonsilites
1) INTRODUÇÃO
As faringotonsilites são doenças inflamatórias e infecciosas que envolvem a faringe, tonsilas palatinas (amígdalas) e tonsilas faríngeas (adenóide).
Constituem um dos distúrbios mais freqüentes na rotina diária de atendimento, tanto de otorrinolaringologistas como de pediatras e de clínicos gerais, e seu manejo terapêutico envolve dúvidas e controvérsias.
2) CONSIDERAÇÕES ANATOMO-FISIOLÓGICAS
As tonsilas palatinas, as tonsilas faríngeas ou de Luschka, as tonsilas linguais , as tonsilas tubáricas e os nódulos linfóides da faringe constituem o anel linfático de Waldeyer. As tonsilas palatinas e adenóides são órgãos linfóides periféricos ou secundários que se encontram na entrada dos sistemas respiratório e digestivo, sendo, portanto os primeiros tecidos imunocompetentes a entrarem em contato com microorganismos exógenos e outros antígenos presentes no fluxo aéreo-digestivo. Sua função primária seria coletar informação antigênica, havendo evidências também da sua participação nos mecanismos envolvidos na indução de produção e secreção de imunoglobulinas. As tonsilas palatinas são mais ativas entre o 4º e o 10° anos de vida e involuem depois da puberdade, e o tecido adenoidiano é normalmente mais volumoso entre os 3° e 7° anos de idade.
2.1) Tonsila Faríngea (adenóide)
A tonsila faríngea é uma massa de tecido linfóide localizada na região póstero-superior da nasofaringe. Seu suprimento sangüíneo provém das artérias faríngea e palatina ascendente, artéria do canal pterogóide, ramo faríngeo da artéria maxilar interna e ramo cervical ascendente do tronco tireocervical. Ramos dos nervos glossofaríngeo e vago fornecem inervação sensitiva, sendo responsáveis por dor referida para a garganta ou ouvido, durante episódios infecciosos. A drenagem linfática é feita para linfonodos retrofaríngeos e cervicais profundos superiores.
A tonsila faríngea desenvolve-se totalmente no sétimo mês de gestação e continua a crescer até