farejador de odores
Pesquisadores da Universidade de Santa Barbara, nos Estados Unidos, criaram um sensor de cheiros de alta capacidade. Capaz de identificar explosivos e narcóticos, o projeto foi inspirado no melhor detector conhecido: o nariz de um cachorro.
Sensor combina nanotecnologia e microfluidos (Foto: Divulgação)
A inspiração foi natural, segundo um dos autores do projeto, o professor de engenharia mecânica Carl Meinhart. “Cães são o padrão para encontrar o cheiro de explosivos. Mas, como uma pessoa, eles podem ter dias bons ou ruins, ficar cansados ou distraídos. Nós desenvolvemos um aparelho com sensividade igual ou até maior que o nariz de um cão, que envia dados para um computador para dizer exatamente qual molécula foi detectada”, explica.
O aparelho combina nanotecnologia e microfuidos e é dotado de alta sensibilidade, sendo capaz de rastrear certas moléculas e identificar substâncias específicas. Outro autor do projeto, o professor de química Martin Moskovits explica que o sensor é composto por duas partes. “Existe um microcanal, que é como um pequeno rio que usamos para capturar as moléculas e encaminhá-las para a outra parte, que é um mini espectometro alimentado por lasers de detecção. Os microcanais são vinte vezes menores do que um fio de cabelo humano”, descreve.
O canal concentra as moléculas em seis magnitudes diferentes. Quando o vapor é absorvido, ele interage com as nanopartículas, que amplificam a assinatura espectral em até seis vezes quando expostos ao laser. O resultado é comparado com um banco de dados destas assinaturas que identifica qual molécula foi capturada.
O resultado dos testes foi publicado em novembro na revista Analythical Chemistry e mostra que o aparelho identificou moléculas de 2,4-dinitrotolueno, um dos vapores primários exalados de explosivos baseados em TNT. Mas os pesquisadores lembram que a tecnologia não precisa ser usada apenas para encontrar explosivos. “Ele