Farc- Grupo terrorista
Visando estabelecer a paz no território nacional, as duas principais forças políticas da Colômbia (liberais e conservadores) formaram a Frente Nacional, na década de 1960. Essa organização teve forte oposição de algumas vertentes das forças liberais, resultando na formação de grupos guerrilheiros de ideologia socialista, com destaque para o Exército de Libertação Nacional (ELN), o Movimento Revolucionário 19 de Abril (M-19) e, principalmente, para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Criada em 1964, pelo ex-combatente liberal Pedro Antonio Marín, também conhecido como Tirofijo, as Farc surgiu como um grupo de cunho marxista-leninista, atuando no meio rural e adotando táticas de guerrilha. Essa organização tem como discurso ideológico a implantação do socialismo na Colômbia, promovendo a distribuição igualitária de renda, a reforma agrária, o fim de governos corruptos e das relações políticas e econômicas com os Estados Unidos, entre outros aspectos sociais.
Durante a década de 1990, a organização chegou a dominar cerca de 40% do território colombiano, possuindo mais de 18 mil guerrilheiros. Porém, as ações do Exército nacional, financiado pelos EUA, expulsou o grupo para regiões próximas à fronteira com países vizinhos. Essa atitude do governo “enfraqueceu” o movimento, que, atualmente, é formado por aproximadamente oito mil guerrilheiros. Outra baixa significativa foi a morte de Mono Jojoy (um dos líderes das Farc), assassinado em setembro de 2010.
Os sequestros e o contrabando de drogas, em especial da cocaína, são práticas comuns nas Farc, pois através desses recursos a organização obtém dinheiro para se equipar militarmente. Entretanto, a