A Educação e um Futuro Próximo
Ao ler alguns livros e ver alguns filmes sobre o futuro que aborda os avanços tecnológicos, vem sempre a memória o filme “Tempos Modernos” em que o ator principal, Charles Chaplin, luta para se adaptar a modernização, depois entra em colapso por trabalhar de forma repetitiva, mecanizada e escrava da alta produção.
Ao observar a evolução industrial que o filme retrata, a forma mecanizada, o trabalho imensamente técnico e cansativo que torna o trabalhador alienado, não permitindo que efetuasse a arte de pensar, as cenas nos levam a alguns pontos, por analogia, a questionar: Como a escola pode falar a linguagem do seu tempo e preparar cidadãos e profissionais para um futuro próximo, atenta para a grande disputa por vagas no mercado de trabalho, a grande competição por um lugar entre os profissionais bem sucedidos nos setores públicos e nos setores privados.
Feita a analogia do trabalho mecanizado em relação à situação da nossa educação, possivelmente a grande competição da modernidade conduz a um programa pesado gerando estudantes que decoram regras, repetem conceitos e teorias sem crítica pessoal. Com isso possivelmente caminhamos para uma mecanização, o que se torna perigoso, pois sem a capacidade de discernimento, análise, o estudante se torna alienado e pouco expressivo, apenas repetindo teorias que memorizou.
Os principais objetivos dos programas de educação dos nossos governantes não têm influenciado os grandes educadores, os profissionais da educação, os que atuam “na ponta da corda”, ou seja, os professores que trabalham realmente em sala de aula, para a construção do modelo próximo ao ideal para o perfil do estudante brasileiro.
O modelo que pode servir de referência para o maior número de escolas públicas, hoje, na prática, passa muito longe das pretensões e necessidades, em todos os âmbitos, do estudante. Não reconhecem o potencial transformador da tecnologia da informação, tecnologia da comunicação no ambiente