Família e Psicologia Social Comunitária

Família
A família tem e sempre teve muita importância na constituição do ser humano quanto um ser social. Ela é importante para o individuo, tanto nas relações sociais onde se insere como também nas questões emocionais.
“É na família, mediadora entre o indivíduo e a sociedade, que aprendemos a perceber o mundo e a nos situarmos nele”. É a formadora da nossa primeira identidade social. Ela é o primeiro “nós’ a quem aprendemos a nos referir.” (REIS, J.R.T.p.99).
Ao longo dos anos a família é vista como uma instituição estabelecida, com padrões e objetivos que não deveriam ser modificados, muitos com uma compreensão religiosa em que a família foi instituída por Deus, e a desestruturação dela seria muito prejudicial à sociedade. Alguns autores dão tamanha importância às famílias acreditando ser elas as mediadoras entre esse individuo que vai se desenvolver para ter este contato maior com a sociedade, a família estaria responsável por desenvolver a “socialização básica na sociedade que se encontra fundamentada em conjuntos de valores e papeis”, defendido por Talcott Parson.
Falando de valores e papeis podemos perceber nos estudos de L. Moegan as funções da família monogâmica. Como vemos a seguir:
“Da forma de família grupal, na sociedade primitiva, a organização familiar teria evoluído para a família monogâmica, passando por diversos estágios intermediários, cada um deles caracterizado sucessivamente por um grau cada vez maior de restrições às possibilidades de intercurso sexual. A culminância desse processo de deu com o casamento monogâmico, composto por um casal e com um caráter permanente de duração. Uma de suas principais finalidades seria a de garantir a transmissão de heranças a filhos legítimos do homem – responsável pela acumulação material –, o que só seria possível com a garantia de que a mulher exerceria sua sexualidade no âmbito exclusivo do casamento. “(REIS, J.R.T.p.101).
Podemos notar que os casamentos monogâmicos bem como o modelo familiar