Família na Grécia
Ao analisar a família na Grécia percebemos a existência de um leque de fatores que determinam o papel de cada membro familiar na sociedade e que cada cidade-estado aplica uma visão sobre família de forma partícula, assim como o casamento, educação dos filhos e o papel da mulher. Todos os fatores que constituem a família, como hierarquia, o casamento, o papel da mulher, o papel dos filhos, do chefe da casa, serão aqui apresentados e discutidos no intuito de aproximação ao que melhor representa a família grega, ressaltando que serão trabalhados e levados em consideração somente algumas das principais cidades-estados.
A família na Grécia não era uma instituição bem conceituada e sim determinada jurídica, e, sobretudo, socialmente; era, portanto, um mal necessário que permitia a perpetuação da espécie e da linhagem paterna. Sob o aspecto jurídico havia leis nas quais se estabeleceram as funções do casamento e de seus respectivos interessados na união. Ao homem cabia ser o chefe da família, provendo o sustento da esposa, filhos e escravos ao passo que para a mulher ficava a concepção, além de algumas atividades domésticas, dentre elas a arte do tear, bem como obediência e respeito a marido.
Em Esparta, verificamos que os seus cidadãos sofriam a ação coercitiva das leis, que os obrigavam a adquirir um matrimônio perante a sua sociedade, que possibilitasse a reprodução de novos cidadãos que iriam ser treinados, como verdadeiros guerreiros, no intuito de defenderem sua mãe-pátria contra os inimigos da própria Grécia e os de fora.
Na sociedade ateniense, ao contrário de Esparta, um cidadão casava-se não por amor, mais sim por influência social, já que as normas sociais da época exerciam um poder coercitivo sobre os seus participantes, obrigando-os a adquirirem um matrimônio, no intuito de gerar filhos, não porque era de bom tom tê-los, posto que a existência destes gerava a obrigações por parte do chefe da família de sustentá-los até a fase em que