Família na contemporaneidade
“A família contemporânea passa por mudanças em muitas dimensões, especialmente nas relações intergeracionais e de intimidade, caracterizadas pela maior expressão dos afetos e busca de autonomia dos seus membros, a embasar a construção subjetiva individual.” (p.01)
“A hipótese da mutação antropológica em ato põe em relevância o estudo aprofundado das dimensões relacionais na definição teórica da família, uma vez que, articuladas a processos subjetivos e grupais, devem ser consideradas na formulação de intervenções psicossociais e de políticas públicas.” (p.01)
“A abertura epistemológica instiga o pesquisador a reconhecer o caráter peculiar e original da família, distinguindo-a dos demais tipos de relações. A abordagem relacional entende a família como relação social com “referência simbólica e intencional que conecta sujeitos sociais na medida em que atualiza ou gera um vínculo entre eles” (DONATI, 2008, p. 25).” (p.02)
“A família contemporânea caracteriza-se por uma grande variedade de forma que documentam a inadequação dos diversos modelos da tradição (SARACENO, 1997). A família patriarcal, estudada por Freyre (1992), que se afirmou no contexto rural, entra em crise com o surgimento de novos modelos de comportamento que regulam relações entre os sexos e as relações de parentesco.” (p.02)
“Em seu trabalho sobre o Poder das identidades, Castells (2003) analisa a crise do patriarcado, entendido como “enfraquecimento de um modelo de família baseado no estável exercício da autoridade/domínio do homem adulto, seu chefe, sobre a família inteira” (p. 151).” (p.02) “Castelo (2003) observa que “ao nível dos valores sociais, a sexualidade torna-se uma necessidade pessoal que não deve