Resumo "as artimanhas do tédio" - brook, peter
Não será suficiente, para quem quiser revitalizar a cena, o retorno à utopia da origem sagrada do teatro. Cada nova criação propõe, antes de qualquer coisa, o tríplice desafio da comunicação do artista consigo mesmo, com os seus companheiros de trabalho e com umaplatéia desconhecida que só é possível auscultar permanecendo atento aos delicados sinais de atenção ou aborrecimento. Brook discorre sobre várias práticas contemporâneas em que um desses termos essenciais da comunicação se apresenta imperfeitamente formulado, sinalizando riscos muito úteis para os aprendizes da arte do teatro.
Práticas correntes nos métodos de ensino, como a sensibilização corporal e o estímulo à abordagens intuitivas de peças teatrais são, do seu ponto de vista, indispensáveis para que possa luzir a “centelha de vida” essencial à comunicação artística. Talvez porque se tenham tornado demasiado comuns no contexto culturalista do teatro europeu Brook adverte sobre a insuficiência desses procedimentos se não forem seguidos pelo preparo técnico e pela disciplina profissional: “É preciso fazer a preparação para jogá-lafora, construir para poder demolir“.
Procedimentos inventados para liberar a intuição e aguçar a sensibilidade do intérprete resultam em uma abundante matériaenergética à qual é preciso imprimir uma