A CONTEMPORANEIDADE E AS MUDANÇAS NA FAMÍLIA

A CONTEMPORANEIDADE E AS MUDANÇAS NA FAMÍLIA

A contemporaneidade trouxe marcantes transformações nas famílias.
O aumento na expectativa de vida propiciou maior convívio entre as gerações. A solidariedade familiar intergeracional surge como recurso para que as famílias possam enfrentar as dificuldades postas em seu cotidiano, é um sistema de apoio para rede familiar.
A multiplicação das famílias monoparentais, o crescimento do número de mulheres chefes de família, o controle da reprodução, o crescente rompimento dos matrimônios e os recasamentos repercutem diretamente na vida familiar.
Tais processos e mudanças nos laços familiares causam impactos distintos, não se dão de modo linear e sim conflituoso. Transformação e continuidade se aliam quando se trata da família. Isso sinaliza para as mudanças socioculturais no cerne familiar e aponta para os diversos modos de viver em família. Não há uma única configuração familiar.
As mudanças que ocorrem na esfera pública estão vinculadas fortemente aquelas que afetam a vida das famílias. A inserção como classe social marca sua trajetória.
As famílias pobres tendem a vivenciar inúmeras rupturas capazes de gerar a saída de seus membros mais jovens. As alterações na unidade doméstica e no núcleo conjugal desencadeiam arranjos familiares necessários e que se tornam vitais a fim de viabilizar a existência da família.
A superação dos desafios apresentados não está ao alcance dessas famílias, pois os limites estruturais se imprimem de modo incisivo na vida familiar.
Então mesmo com a centralidade familiar fazendo parte da vida das pessoas, as desigualdades sociais acabam excluindo parte das crianças e dos adolescentes da convivência familiar. Usufruir do afeto e da proteção que a rede familiar pode oferecer está vinculado, de modo estreito, aos contextos socioculturais em que as famílias vivem, às redes de pertencimento e ao desenvolvimento de políticas públicas consistentes para esses mesmos contextos.

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