Falta de profissionais qualificados no mercado de trabalho
anos, é um exemplo de jovem que sempre esteve motivado a seguir a carreira de engenharia
engenheiros
Márcia Telles um bicho de sete cabeças. Pois essa visão distorcida da realidade, aliada ao mau preparo dos alunos de ensino médio nas disciplinas de física, química e matemática, tem levado a uma fuga dos estudantes para carreiras ditas mais interessantes, como as tradicionais medicina, economia, arquitetura e direito. Por conta disso, o Brasil enfrenta hoje
Brasil sofre com a falta de
Área é considerada estratégica para o desenvolvimento do País um grave problema: a falta de engenheiros num mercado cada vez mais carente desse tipo de profissional. O Brasil tem hoje cerca de 600 mil engenheiros registrados nos conselhos Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). Isto equivale a seis profissionais para cada mil trabalhadores. Nos Estados Unidos e no Japão, essa proporção é de 25 para cada grupo de mil pessoas economicamente ativas. Dados do sistema da federação das indústrias mostram que do total de cursos oferecidos no País por instituições públicas e privadas, 76% são para áreem pauta
A
primeira ideia que vem a cabeça quando alguém menciona a palavra engenharia é de uma profissão árdua, difícil e com poucos atrativos. Ou seja,
Foto: João Luiz Ribeiro
O estudante Caio da Silva, 17
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inovação
as de humanas e sociais, e 8,8% são para engenharias. A preocupação com a queda no número de engenheiros que se formam todo ano nas universidades, fez com que, a partir de 2006, não só o governo como setores importantes da área empresarial mobilizassem esforços na tentativa de atenuar esse quadro. Em agosto de 2006, a FINEP criou o Promove – Programa de Mobilização e Valorização das Engenharias, com o propósito de estimular a formação de engenheiros no Brasil. Na ocasião, foram lançadas duas chamadas públicas, no valor total de R$ 40 milhões. A primeira foi para apoio à