falta de etica
Será que vou ter de confessar que fui ingênuo e cândido em relação a essas coisas? Serei obrigado a reconhecer que, nessas coisas de se “fazer política”, as diferenças entre a esquerda e a direita não são exatamente aquelas que suspeitávamos, ou que o quê as aproxima, nessas matérias, é muito mais consistente do que aquilo que supostamente as separa? Terei de penitenciar-me por ter, durante muito tempo, acreditado numa espécie de “superioridade moral” da esquerda nessas lides políticas de disputa pelo poder, de luta pela conquista e manutenção dos “postos de comando” do Estado? Vou mesmo ter de, modestamente, fazer a “viagem de Canossa” de meu “aprendizado moral” nas artes e ofícios do grande comércio da política? Posto em termos diretos e mais simples: ainda se pode acreditar