A FILOSOFIA GREGA A Filosofia Ocidental, a forma que ela assumiu em nossa cultura foi inaugurada por Sócrates, Platão e Aristóteles. Esses três filósofos acreditavam que era preciso encontrar a explicação da realidade do mundo nele mesmo e não na religião ou na mitologia. Questionavam, assim, a validade do pensamento mítico. Para esses três filósofos, o primeiro compromisso imposto pelo exercício do conhecimento é o compromisso com a verdade tal qual ela se revela ao homem que aplica a razão na sua descoberta. A Filosofia Grega nasce com um esforço de superação do pensamento mítico guiada pela ideia, pela intuição genial dos gregos de que esta explicação sobre os fenômenos, sobre os dados da nossa experiência, deveria ser encontrada na própria natureza das coisas, não na intervenção ou vontade arbitrária dos desuses, mas através do investimento da razão, do trabalho da própria razão para encontrar essa explicação imanente na própria realidade do mundo. A filosofia grega, portanto, buscava a superação racional em vez da explicação mítica afirmando a condição do homem como que fundada numa essência imutável e eterna, perfeita em si mesma; mas comprometidas por seu vínculo à matéria. A ideia é que cada ser traz em sim mesmo, ou melhor, carrega dentro de si mesmo um conjunto de características permanentes que definem a identidade desse ser, e todo o seu comportamento, todo o seu modo de ser, decorre dessa essência. Por isso, podemos dizer que, para os filósofos gregos, o agir segue o ser, ou seja, cada objeto, cada ente, cada indivíduo vai agir de acordo com a sua própria natureza. Todo esforço da filosofia, além de conhecer todos os objetos do mundo, era de conhecer também a natureza humana porque era em função desse conhecimento da natureza humana, dessa natureza que era uma substância a qual constitui, assim, uma essência definitiva que se poderia aquilatar também a justeza, a correção, a procedência do comportamento, direcionar a sua ação exatamente a