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BRASIL: UM ESFORÇO DE PERIODIZAÇÃO DE SEUS SUCESSIVOS MEIOS
SANTOS (2003,p.23), aponta que a história do território brasileiro é, a um só tempo, una e diversa, e para se tornar possível a sua compreensão desde de sua produção inicial até o momento presente, faz-se necessário um esforço de periodizá-la. Entretanto, esta proposta ganha em complexidade pelo fato dos diversos arranjos e rearranjos espaciais decorrentes das sucessivas divisões do trabalho ao longo da história do território nacional.
Analisando a gênese do território brasileiro, verifica-se a existência de vários espaços assincrônicos, ou seja, uma falta de ligação entre essas diversas regiões ao que possuiriam os seus próprios meios de produção, suas atividades econômicas motrizes além de um ciclo social fechado. Entretanto, em cada localidade tem-se um sincronismo constituindo assim o todo. Dessa forma, SANTOS (2003,p.23) busca justificar as descontinuidades que permitiriam explicar as diversidades regionais, desigualdades ou desequilíbrio regionais.
SANTOS (2003,p.24), afirma que os períodos são pedaços de tempo definidos por características que integram e asseguram o movimento do todo, onde se torna essencial tomar em consideração as materialidades e os dinamismos do território. Dessa forma, SANTOS (2003,p.27), propõe, diferentemente de outros estudiosos do processo de evolução do território nacional – que descrevem este através do viés econômico, antropológico entre outros –, busca realizar essa periodização enfatizando o território como centro das atenções, que se realiza através da sucessão dos meios geográficos.
Desta forma, o Brasil possuiria três meios geográficos: o meio natural, o meio técnico e o meio técnico-científico-informacional.
O primeiro período seria marcado pelos tempos lentos cuja natureza comandaria as ações humanas,