Fabio
Livro: FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Nesta referida obra, Freire elenca aspectos, que segundo ele, devem fazer parte da formação técnica do profissional de educação, para que a escola passe a ser um espaço de discussão e construção de novos conhecimentos.
Não há docência sem discência “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria/prática sem a qual a teoria pode,. ir virando um blábláblá e a prática, ativismo” (Freire, 1996, p. 24).
Segundo Freire, a linha pedagógica adotada pelo professor, seja ele um progressista ou um conservador, existem saberes necessários que ambas as linhas de pensamento devem seguir. Todo processo que vise o desenvolvimento de um modelo de ensino deve, basicamente, considerar também a direção dada à aprendizagem. Assim, o professor ensina e aprende ao mesmo tempo, não apenas no formato acadêmico, mas também na própria base de formação da ação.
Ao educador cabe instaurar o rigorismo do método, em função de despertar no educando a curiosidade aquela que busca o conhecimento, portanto insubmissa, e então, por extensão da idéia, formadora do senso crítico. Aprender criticamente é, em suma, formar a autonomia. Não é jamais, um estado de apropriar-se do conhecimento do mestre, mas um ato de formação e de interação da própria capacidade cognitiva do indivíduo com o meio. Assim, o mestre provém o aluno dos instrumentos apenas, do ferramental para a perfectibilização da formação crítica no indivíduo enquanto aluno. Segundo palavras de Freire (id. p. 32), Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Não se trata, segundo ele, de uma qualidade do professor, tampouco de uma metodologia de ensino, mas sim, deve inserir-se em um projeto maior e de mais alcance, ou seja, deve se dar um verdadeiro acompanhamento de todo o processo que é e que envolve a vida daquele indivíduo que vem junto a si aprender. Neste