Exudatos e Transudatos
Entre as membranas mesoteliais, responsáveis por revestirem as paredes das cavidades e os órgãos do interior dessas cavidades existe um espaço delimitado por certa quantidade de liquido, denominado cavitario ou seroso. Esse líquido é responsável pela “lubrificação” de órgãos e membranas das cavidades, a fim de facilitar a movimentação desses órgãos. O acumulo desse liquido nas diversas cavidades fechadas (pleural, pericárdica e peritoneal) resultam em derrames. Quando ocorre esse acumulo na cavidade pleural (responsável por envolver o pulmão), os processos podem ter uma origem patológica infecciosa e neoplásica, formando o acumulo de exsudatos, ou mesmo uma origem por doenças sistêmicas, como a ICC, hipoproteinemia e cirrose hepática, levando ao acumulo de transudatos.
COMPOSIÇÕES QUIMICAS, FISICAS E DIFERENÇAS ENTRE OS EXSUDATOS E TRANSUDATOS.
Resumidamente, os esxudatos possuem composição rica em proteínas e células inflamatórias (devido a sua origem infecciosa), com aparência viscosa e opaca, se apresentando como pus no caso de infecções.
O liquido pleural transudativo não possui signifivativa concentração de proteínas ou quaisquer células , aparentando o mesmo liquido presente normalmente na pleura. Em meados de 1970, Richard Light iniciou pesquisas sobre as composições químicas dos exsudatos e transudatos, a fim de facilitar o diagnóstico de derrames pleurais, onde foram estabelecidos critérios que definiram:
TRANSUDATOS
EXSUDATOS
PROTEINA LIQ. PLEURAL / PLASMA
MENOR QUE 0,5
MAIOR QUE 0,5
LDH LIQ. PLEURAL / PLASMA
MENOR QUE 0,6
MAIOR QUE 0,6
LDH LIQ. PLEURAL
MENOR QUE 2/3 DO LIMITE SUPERIOR DA NORMALIDADE
MAIOR QUE 2/3 DO LIMITE SUPERIOR DA NORMALIDADE
FONTE: LIGHT ET. AL (1972)
LIQUOR