Biologia Molecular
Rafael Bonorino
Em 1977, técnicas de seqüenciamento permitiram a identificação de alterações específicas na seqüência de DNA e a associação destas com diferentes doenças genéticas.
Depois disso, o principal marco no desenvolvimento das técnicas de diagnóstico molecular foi a técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR), um método de clonagem in vitro
Desde a introdução da técnica de PCR, rápidos avanços nas técnicas de genética molecular têm revolucionado a prática da patologia, anatomia e análises clínicas.
As técnicas moleculares são agora aplicáveis a todas as áreas do laboratório clínico
Os estudos genéticos moleculares utilizam uma variedade de técnicas para analisar os ácidos nucléicos (DNA e RNA).
As principais áreas de aplicação das técnicas moleculares de diagnóstico são: doenças infecciosas, câncer, doenças genéticas, transplantes e patologia Clínica
. Estes estudos podem ser realizados no sangue periférico, fluidos corporais, materiais obtidos através de punção, tecidos frescos e tecidos embebidos em parafina.
Na área de doenças infecciosas, a detecção rápida de microrganismos de crescimento lento, ou daqueles não cultiváveis, se torna possível através das técnicas de biologia molecular
As técnicas moleculares também podem ser empregadas na determinação de resistência antimicrobiana, no monitoramento de doenças através da quantificação da infecção e em estudos epidemiológicos
Reação em cadeia da polimerase (PCR)
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é uma das técnicas mais empregadas nas diversas áreas do diagnóstico molecular
Para a realização da PCR, utiliza-se uma enzima termoestável (DNA polimerase) que, na presença de um par de oligonucleotídeos iniciadores
(primers) e dos nucleotídeos que compõem a molécula de DNA, amplifica a região de interesse a partir de uma pequena quantidade de DNA
Esta amplificação ocorre durante repetidos ciclos de temperatura, a saber:
94°C para