Extração de incisivo e oclusão funcional
Escrito por Dr. Carlos Guimarães
Antigamente, a extração de incisivos inferiores permanentes era considerada como comprometedora para o estabelecimento de uma adequada oclusão dentária. No entanto, a extração de um ou dois incisivos inferiores permanentes vem sendo utilizado nas últimas décadas e demonstrando ser bastante viável como estratégia de tratamento e, assim, tem se tornado mais freqüente na solução de problemas ortodônticos[2].
Em 1904, Jackson demonstrou um caso onde foi previamente removido um incisivo inferior e, ainda, justificou a extração de um segundo incisivo inferior, visto o aspecto desagradável dos três incisivos remanescentes e a pequena distância inter-caninos. [3]
Alguns autores, como Kokich e Klein [4, 5] relataram que no tratamento com extração de incisivo inferior, podem ocorrer certos efeitos colaterais indesejáveis, tais como o aumento da sobremordida, o aumento da sobressaliência, a reabertura dos espaços da extração, a intercuspidação insatisfatória dos segmentos posteriores e a perda da papila gengival interdentária na região dos incisivos inferiores.
Outros, como Nanda[6], afirmam que a extração do incisivo inferior é indicada nos casos de discrepância de tamanho dentário quando existe um excesso de volume dental no arco inferior comparado ao arco superior, nestes casos uma boa intercuspidação e um trespasse horizontal ideal será visto ao final do tratamento.
Ante os resultados satisfatórios e a redução da necessidade de movimentação dentária, essa abordagem terapêutica não é mais considerada como prejudicial, mas sim altamente benéfica em casos bem selecionados. Importante ressaltar que a extração de um incisivo inferior
1/3
Extração de Incisivo Inferior e Oclusão Funcional
Escrito por Dr. Carlos Guimarães
geralmente muda a geometria da relação inter-arcos na região anterior, fato este diretamente determinante na quantidade de trespasse