Externalidades
“Nos últimos 15 anos, a redução do custo e a facilidade de acesso a financiamento proporcionadas pela união monetária conduziram a uma forte expansão do crédito e, em menor grau, à diminuição da poupança privada. O aumento do endividamento e redução da poupança foram predominantemente utilizados para financiar consumo e investimento não reprodutivo. Não se traduziram, por isso, na expansão da capacidade produtiva da economia. O forte aumento da despesa privada teve como contrapartida o desvio de recursos para o setor não transacionável e o surgimento de défices persistentes da balança corrente.” http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/IntervencoesPublicas/Paginas/intervpub20121031-1.aspx
Está na ordem do dia o debate em torno da situação económica e social do país e os reflexos que se verificam ao nível da vida quotidiana dos cidadãos. Com efeito e segundo resulta da intervenção do Governador do Banco de Portugal em 31 de Outubro de 2012, aquando da cerimónia de abertura do ano letivo da Faculdade de Economia do Porto, o aumento da poupança no setor público constitui uma prioridade por causa dos efeitos benéficos que se geram sobre os restantes setores da economia, não obstante o inevitável impacto na contração que pode exercer sobre a economia. Neste quadro defende que a redução do défice público se deve concretizar por cortes na despesa e que os investimentos do Estado devem ter em vista o crescimento real da economia, contrariamente ao que se tem verificado relativamente ao desvio de recursos para o setor de bens não transacionáveis com o consequente surgimento permanente de défices da balança corrente.
Num contexto de prolongado constrangimento da economia nacional e considerando a ausência de uma politica de regulação e supervisão, num quadro de condescendência dos mercados financeiros internacionais, em que em face das taxas de juro praticamente iguais, os mercados sinalizaram que o risco de