Extenuação
Muitas vezes o baixo nível tecnológico dos agricultores familiares brasileiros se explica devido à falta de capacidade e condições para inovar, mesmo quando a tecnologia está disponível.
Em se tratando da agricultura ganha importância o domínio das tecnologias que implicam em melhor coordenação dos sistemas produtivos, como a tecnologia da informação.
No âmbito dos sistemas agroindustriais, o sentido mais imediato atribuído ao termo tecnologia é aquele vinculado às tecnologias de produto e processo.
A maioria das atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas no Brasil, para a agropecuária em geral e para a agricultura familiar em específico, preocupa-se com aspectos ligados a processos de produção e ao desenvolvimento de novos produtos.
E a tecnologia de gestão, é muitas vezes mal compreendida e negligenciada quanto a sua importância.
Muito pouco tem sido feito em termos de desenvolvimento de técnicas de gestão que contemplem as particularidades da agricultura familiar e as formas pelas quais ela pode inserir-se de forma competitiva e sustentada no agronegócio nacional.
Independente dos mercados aos quais destinam a sua produção ou dos canais de comercialização que utilizam pelo menos o segmento de agricultores familiares muito integrados e integrados devem poder contar com ferramentas de apoio à decisão adequada à sua cultura ‘organizacional’ e limitações em termos de educação formal e condições gerais do meio no qual estão inseridos.
Este artigo tem como objetivo principal apresentar as características gerais do que convencionou se chamar gestão agroindustrial e criticá-las no que se referem ao seu uso pelos agricultores familiares.
O artigo argumenta que a falta de pesquisas sobre o tema, aliada a baixa capacidade de absorção e utilização de ferramentas gerenciais modernas pelos agricultores familiares é uma questão importante à competitividade deste importante segmento da agropecuária nacional.
2- Gestão