Extensao rural em manhica
Tema: A extensão agrária e os agricultores familiares em Mocambique: caso do distrito da Manhiça
I. Introdução
1.1. Antecedentes
O sector agrário em Moçambique tem um papel decisivo na erradicação da pobreza e da fome uma vez que constitui a principal fonte de rendimento para cerca de 80% da população moçambicana que vive nas zonas rurais. Com mais de 3.3 milhões de unidades agrícolas familiares, o sector familiar é responsável por mais de 98% da produção agrária em Moçambique (Nuvunga, 2006).
A assistência técnica e a extensão rural têm um papel fundamental no diálogo entre os centros de pesquisa agro-pecuários e o mundo rural, contribuindo activamente no que diz respeito aos processos de desenvolvimento local (Lima, et al , 2009).
Os serviços de extensão em Moçambique ainda são limitados. De um total de 128 distritos em Moçambique, apenas 55 estão cobertos por serviços públicos de extensão. Apesar do reforço que estes recebem da contribuição das ONGs, a sua cobertura ainda é relativamente fraca. Segundo Sitoe, (2005) citando TIA 2000, o número total de extensionistas dos serviços públicos era estimada em 485, enquanto a rede de extensão das ONGs era composta por 350 extensionistas A extensão e investigação agrárias são tidas como elementos fundamentais para o alcance da revolução verde em Moçambique (MINAG, 2007).
1.2 Problema de estudo
Amilai (2008) cita Amilai (2000) a afirmar que em Moçambique existe uma dificuldade na identificação dos resultados da extensão e das acções levadas a cabo pelos extensionistas.
Adicionalmente a isto, Gemo (2006) escreveu que os resultados da extensão nos produtores têm sido uma questão efervescente e que o número de estudos sobre o papel e impacto da extensão rural em Moçambique é bem reduzido. De acordo ainda com o mesmo autor, o sector agrário tem sido fraco na avaliação do impacto numa perspectiva de análise científica.
O distrito da Manhiça localiza-se a cerca de 80 Km a