A agricultura moçambicana
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Artigo
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A Agricultura em Moçambique: Do tempo colonial à actualidade
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1. O PERÍODO COLONIAL
A agricultura no período colonial manteve-se subdesenvolvida pois, a grande maioria manteve-se no campo produzindo apenas com a enxada. No entanto, o subdesenvolvimento da agricultura fora planificado para servir os interesses da acumulação primitiva de capital através da extracção do excedente económico do camponês, sob forma de força de trabalho para a produção de mais-valia, ou sob a forma de produtos dos camponeses comprados a preços baixos.
Desprovido de capital financeiro, a burguesia portuguesa no poder não fez mais do que arrendar vastas parcelas de território de Moçambique a capitais estrangeiros
(não portugueses) como forma de manter a sua hegemonia e domínio colonial sobre o País. Assim, o Centro e o Norte de Moçambique foram arrendados a Companhias estrangeiras com poderes e funções não só económicas mas também políticos e administrativos. O Sul de Moçambique transformou-se numa reserva de mão-de-obra para o capital mineiro na África do Sul.
Durante a 1ª. fase da colonização também se assistiu à uma imigração de colonos portugueses para Moçambique, o que nas áreas rurais contribuiu para a formação dos Latifúndios que muito beneficiaram da política colonial de apropriação das terras férteis dos camponeses e da instituição do trabalho forçado (
. Recorde-se da circular de 1 de Maio de 1947 que obrigava todos os indígenas a trabalhar seis meses por ano para o Governo, para uma companhia ou para um particular.
1.1. Caracterização e Estrutura da Agricultura na economia colonial
Ocupando cerca de 75% da mão-de-obra activa, a produtividade na agricultura era baixíssima devido à utilização de tecnologias e técnicas agrícolas rudimentares. A mecanização era quase