Expressionismo
No período após a Segunda Guerra Mundial, surge nos Estados Unidos, mais especificamente em Nova York, o movimento Expressionismo Abstrato. Este foi o primeiro movimento especificamente americano a atingir influência mundial e também colocou Nova York no centro do mundo da arte, um papel que era anteriormente ocupado por Paris. Essa nova posição dos EUA como centro artístico foi bastante influenciado pela emigração de intelectuais e artistas de vanguarda europeus.
Esse foi um momento de emancipação da arte norte-americana, que recusava estilos e técnicas tradicionais, buscando uma autonomia e a valorização do tempo presente. Os Expressionistas abstratos procuravam o fim da arte como representação de algo fora dela, utilizando para isso estratégias antinarrativas. A maioria expressava seu subconsciente através de sua arte e compartilhavam um interesse nas ideias de Jung sobre mito, ritual e memória e no existencialismo de Sartre. Nessa época, o pintor Polock inova com sua action panting, que traz a ideia de uma ação presente e ausência de modelos, desvinculando a obra de qualquer intenção de narrativa, salientando assim o conceito da arte per se. Sua obra de arte, fruto de uma relação corporal do artista com a pintura, nasce da liberdade de improvisação, do gesto espontâneo, da expressão de uma personalidade individual.
Dentro da concepção da arte per se, o movimento minimalista dominou o cenário artístico norte-americano, onde o lema era Menos é Mais, como forma de crítica aos exageros consumistas da sociedade capitalista. O coreógrafo Merce Cunningham explorava isso na dança através do uso do acaso, da economia de gestos, da ausência de música em algumas apresentações, da ocupação não-linear do palco e no não relacionamento entre os elementos da obra. Entretanto, mesmo com todas essas estratégias para se criar uma abstração total, o público muitas vezes acabava encontrando uma narrativa na obra.