Exposição ao risco sistémico dos países da zona euro
Bruno Miguel Gomes Ribeiro1
Cristiano de Sousa Pereira Martins Amaro2
Maria José Pinto do Lago3
Sumário. O presente trabalho analisa a exposição ao risco sistémico dos países constituintes da zona Euro e procura classificar aqueles países quanto ao grau de dependência do sistema bancário europeu. Para esta avaliação utilizaram-se os dados disponibilizados pelo EuroStat, para o período de 2011-2012.
Procurou-se analisar uma quantidade apreciável de informação sobre os mais diversos temas tal que torne a análise confiável. A análise efectuou-se em programa informático, o SPSS. Como resultados principais poderá indicar-se que os três países com maior exposição ao risco sistémico (maior dependência do sistema bancário europeu) são Grécia, Chipre e Portugal. No seu oposto encontram-se a Bélgica, a França e a Alemanha.
Palavras-chave: Risco sistémico, dependência financeira, SPSS.
1. Introdução
A nova estrutura de governação económica europeia assenta em três principais eixos: o reforço da agenda económica comum; o manutenção da estabilidade da área do euro e o reparação do sector financeiro.
A estabilidade financeira é uma condição prévia para que a economia real proporcione a criação de postos de trabalho, a concessão de crédito e o crescimento.
A recente crise financeira revelou graves lacunas em matéria de supervisão. Não foi antecipada a evolução macroprudencial adversa nem impedida a acumulação de riscos excessivos no sistema financeiro.
Segundo o Regulamento (UE) N.º 1092/2010 de 24 de Novembro de 2010, Risco
Sistémico é o risco de perturbação do sistema financeiro susceptível de ter
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Aluno do MEAE da Faculdade de Economia do Porto. Contactos: 120482022@fep.up.pt
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3 Aluno do MEAE da Faculdade de Economia do Porto. Contactos: 120482061@fep.up.pt
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consequências negativas e graves no mercado