Exportações
Exportações de sucos e polpas
Paulo Faveret Filho, Eriksom Teixeira Lima, Sergio Roberto Lima de Paula (*) s exportações do complexo agroindustrial das frutas podem ser agrupadas em sete subgrupos: frutas frescas; castanhas/amêndoas; doces de frutas; polpas; sucos; pectinas; e frutas secas. Este artigo analisa as exportações dos subgrupos de polpas e de sucos de frutas, pouco estudados, mas sempre apontados como mercados com elevado potencial a explorar. Devido à amplitude dos usos comerciais dos sucos e das polpas, para viabilizar a realização do trabalho foi necessário realizar um corte analítico, que resultou na eliminação de alguns mercados que usam esses produtos, que são: • suco de laranja e seus derivados, excluídos por se tratarem de negócios específicos, consolidados e com dinâmica própria, além do que seu volume de transações tornaria quase insignificantes, Diversidade de sabores é arma de competição no exterior relativamente, os valores negociados pelo restante do complexo; mos 10 anos, mas sua taxa de crescimento • também não foram computados os anual foi de 7%, superior à obtida pela produtos lácteos, biscoitos, refrigerantes totalidade da agroindústria, que foi de 5%. e bebidas alcoólicas que utilizam frutas, Castanhas de caju e do Pará lideraram por ser impossível determinar a parcela as exportações brasileiras de frutas durante toda a última década, com crescidessas em sua composição. mento médio anual de 3%, mas sua partiEvolução das exportações cipação caiu de 62% para 41%. Por outro lado, o desempenho das frutas frescas foi O complexo das frutas teve participa- excelente, tendo apresentado taxas de ção de cerca de 1% no total das exporta- crescimento anual de 18%, em média. Fições agroindustriais(1 ) brasileiras dos últi- nalmente, foram excepcionais as taxas anuais de crescimento das exportações de polpas de frutas (27%, em média) e (*) Técnicos do BNDES pectinas (13%, em média), o que signifi26
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ca que o subgrupo das polpas