Exportaçõa da cachaça

Considerada a mais brasileira de todas as bebidas, a cachaça foi descoberta há quase 500 anos. Já foi moeda de troca, depois ficou associada às classes mais baixas da população, mas deu a volta por cima, conquistou vários países, em especial europeus, chegou aos copos das classes A e B e, nos últimos dois anos, obteve crescimento de mais de 7% em vendas, seguindo dados da agência Nielsen de pesquisa. Trata-se da terceira bebida destilada mais consumida em todo o mundo (superada apenas pela vodca e pelo soju coreano).

De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), o País reúne cerca de 40 mil fabricantes, conta com aproximadamente 4 mil marcas e tem capacidade para produzir 1,2 bilhão de litros de cachaça por ano. São Paulo (44%) é o estado que mais produz seguido por Ceará (12%), Pernambuco (12%), Minas Gerais (8%) e Paraíba (8%), segundo dados da Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas).

De acordo com a Abrabe, a cachaça é a segunda bebida alcoólica mais consumida no País – cerca de 7 litros per capita por ano –, perdendo apenas para a cerveja. Portanto estamos falando da bebida destilada mais vendida no Brasil.

Gráfico 1 - Evolução das vendas de cachaça – Brasil
*Em percentual

2006 x 2007: 5,3%
2005 x 2006: 2,5%
2004 x 2005: 7,1%
2003 x 2004: 4,4%

Fonte: Nielsen

A cachaça foi a bebida que mais recebeu investimentos nos anos 1990, segundo a Abrabe. A maior parte dessa verba foi para melhorar o controle de qualidade do produto e para o marketing, a fim de mudar o status de consumo, além de ações no exterior para aumentar as exportações da bebida.

Nesse trabalho para mudar a imagem da cachaça, os produtores tornaram as garrafas e os rótulos dos produtos mais sofisticados. A estratégia deu certo e hoje a cachaça é consumida por todas as classes sociais.

Os esforços dos produtores para exportar a bebida também obtiveram sucesso. As exportações começaram em 1968, para a Alemanha (primeiro embarque de aguardente Ypióca). Em 1997,