Exportação de gado
O mercado mundial de gado vivo movimentou, no ano passado, cerca de R$ 2 bilhões segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Foram 3 milhões de animais.
A participação do Brasil no chamado mercado de boi em pé tem crescido a partir de 2004, quando os pecuaristas paraenses fecharam contrato de exportação para o Líbano. Nesse ano foram exportados 10,2 mil animais. O número saltou para 110,4 mil em 2005.
Os embarques brasileiros de gado vivo continuaram, com enormes incrementos em 2006 e 2007. O destino dos animais está concentrado em dois países – Venezuela e o Líbano –, que, no ano passado, compraram, respectivamente, 247,3 mil e 183,8 mil animais. O principal estado exportador é o Pará, com mais de 90%, vindo depois o Rio Grande do Sul e o Amapá.
As estatísticas dessas exportações devem ficar mais robustas a partir do segundo semestre. Bezerros catarinenses, único estado reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal, serão enviados para a Itália, cuja demanda anual é projetada em 200 mil bovinos. Esse número é praticamente a metade do total exportado em 2007.
Outro fator que poderá contribuir para a evolução dos negócios advirá do Brasil firmar protocolo sanitário com outros países. Muito países não compram do Brasil pois temem a contaminação interna em decorrência da aftosa.
Ainda é prematuro enxergar a exportação de gado bovino vivo como uma nova tendência do setor pecuário nacional. Como mais uma opção de negócio, a prática beneficia os produtores. Na comercialização, uma novilha, se exportada, vale US$ 900, enquanto o mercado interno oferece US$ 500.
O processo de exportação de animais vivos é complexo e inclui seis etapas: seleção dos bovinos, exames, quarentena, embarque e adaptação dos animais em novo local.
A exportação de gado “em pé” enfrenta resistências. As ONGs ligadas à Sociedade Mundial de Proteção Animal denunciam maus-tratos sofridos pelos