Exportação da madeira
O comércio mundial de madeiras provenientes dos vários tipos de florestas movimenta, anualmente, cerca de US$ 50 bilhões, sendo que, deste total, aproximadamente US$ 12 bilhões são originados das florestas tropicais. A participação do Brasil nesse mercado, entretanto, tem sido bastante modesta, visto que comercializa apenas 2% da madeira proveniente de todas as florestas e 4,5% quando se trata da comercialização de madeiras originadas de florestas tropicais. Inexiste, portanto, uma participação expressiva do Brasil no mercado mundial de madeiras, vis-à-vis o tamanho do seu território.
Dados publicados pela FAO mostram que, na próxima década, haverá um descompasso crescente entre oferta e demanda de madeira no mercado internacional, em função, basicamente, da queda de produção da Malásia e Indonésia e pela virtual estagnação esperada para os principais produtores do hemisfério norte, ante as pressões ambientais e sociais.
É consenso, entre os especialistas do setor, que tal descompasso propiciará a valorização do preço da madeira nos próximos anos e induzirá o mercado, especialmente nos países do hemisfério norte, no sentido de aproveitar de forma mais intensa os resíduos de madeira, provocando um crescimento acelerado da demanda de produtos “engenheirados” de madeira (OSB, MDF etc.).
O Brasil, a par da sua tradição de exportador de produtos sólidos de madeira, tem potencial para aumentar sua inserção nos mercados de grande competição e volumes – em 1996, as exportações foram de cerca de US$ 1,1 bilhão, além de US$ 266 milhões em móveis de madeira (Tabela 1). Certamente novas barreiras comerciais serão exercitadas para proteger os mercados de maior porte, normalmente dominados por grandes corporações.
2.0 ABPMEX
A atual Diretoria da Associação Brasileira de Produtores de Madeiras, decidiu proceder mudanças para ampliar sua representação e melhor atender as reivindicações do setor industrial madeireiro.
A mudança