Expectativa de vida
Mesmo um paciente idoso sistemicamente saudável que se apresenta ao consultório para tratamento odontológico, possui alterações fisiológicas importantes decorrentes do envelhecimento que devem ser estudadas cuidadosamente.
No caso do idoso, as alterações relacionadas às funções orgânicas e à presença de patologias tornam mais difícil o estabelecimento do regime terapêutico ideal já que a absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos medicamentos são menos previsíveis.
Os idosos apresentam, em média, uma diminuição do volume de plasma e dos líquidos corporais em torno de 8% e 17%, respectivamente, e possuem a massa muscular corporal diminuída, com cerca de 35% de tecido gorduroso aumentado. Tudo isso modifica as propriedades farmacocinéticas dos medicamentos nesses pacientes, principalmente em relação aos processos de distribuição e excreção.
Da mesma forma, uma redução no número de proteínas plasmáticas contribui para que uma maior quantidade de medicamento fique na forma livre circulante, podendo tornar-se um fator de sobredose e toxicidade.
Pode-se concluir que a prescrição correta é de grande importância quando do tratamento do idoso:
a) o quadro clínico geral do paciente deve ser sempre considerado;
b) o número total de fármacos a serem administradas deve ser minimizado;
c) o tratamento deve sempre ser iniciado com doses mais baixas e adequadas conforme a resposta do paciente;
d) o uso de medicamentos impróprios deve ser sempre evitado;
e) o paciente idoso deve ser constantemente monitorado.