expectativa de vida
Nos últimos 100 anos, a expectativa de vida da humanidade aumentou 145%
Paulo Cunha | 01/03/2008 00h00
No auge de sua glória, o Império Romano era um lugar onde as pessoas morriam aos 30 anos, em média. Na França do século 5 d.C., a expectativa de vida continuava desse jeito, e nada menos que 45% das crianças morriam durante o parto. No Rio de Janeiro, em 1850, epidemias se espalhavam com uma velocidade assustadora. Tudo isso mudou radicalmente a partir do século 20, quando a expectativa de vida cresceu sem paralelo nos 5 mil anos de história do homem moderno – só nos últimos 100 anos, esse índice cresceu 145%. Hoje, um brasileiro já vive, em média, mais de 70 anos.
Em 1900, as pessoas da Europa desenvolvida morriam com 45 anos. Hoje, a média já chega a 80 anos em vários países. E esse crescimento continua. Segundo dados mais recentes da ONU (Organização das Nações Unidas), uma pessoa que nasceu em 1950 tinha, em média, 46,5 anos de vida pela frente. Um neto nascido em 2000 deverá viver 65 anos. O neto do neto, que venha ao mundo em 2050, vai morrer aos 75,1 anos.
Os pesquisadores apontam duas causas principais para esse fenômeno. Em primeiro lugar, as condições alimentares e sanitárias melhoraram muito, o que diminuiu o alcance das epidemias. Desde a Pré-História o homem toma banho, mas a falta de saneamento e de hábitos de higiene continuou fazendo estragos – no século 14, a peste negra, transmitida por ratos, matou um terço dos europeus. Sabonete, por exemplo, só deixou de ser coisa de rico em 1791, quando o químico francês Nicholas Leblanc descobriu um método eficiente e barato para fabricar sabão.
Avanços da Medicina
Além disso, a medicina avançou tremendamente nas últimas décadas, inclusive no cuidado com a higiene. Por exemplo: em 1848, o médico húngaro Ignez Semmelweis percebeu que o ato de lavar as mãos em uma solução de cloro antes de fazer um parto já era suficiente para reduzir a mortalidade materna. Pois a