Expansão maritima e comercial europeia
• A procura de especiarias: a partir do século XI, as cidades de Gênova e Veneza (norte da Itália), passaram a dominar o Mediterrâneo Oriental. Os mercadores italianos iam buscar nos portos de Alexandria e Constantinopla os produtos orientais (especiarias, tecidos, perfumes, tapetes, pedras preciosas) e os distribuíam no mercado europeu, cobrando altos preços e obtendo grandes lucros. A burguesia européia passou a se interessar em quebrar o monopólio italiano, sobre o comércio no mar Mediterrâneo, mas para isso, era necessário descobrir um novo caminho para as Índias.
• A escassez de metais preciosos na Europa: a grande quantidade de moedas usadas pelos países europeus para fazer o pagamento das importações resultou numa escassez de metais preciosos e as minas européias não conseguiam atender a demanda. Era preciso encontrar novas minas fora do continente europeu.
• Aliança entre o rei e a burguesia: a burguesia e a monarquia aliadas buscam a valorização do comércio e a centralização do poder. Esta aliança possibilitaria derrotar a nobreza feudal. A burguesia fornecia à monarquia capitais necessários para armar exércitos e centralizar o poder. Os reis, por sua vez, deveriam promover o desenvolvimento do comércio, atendendo aos interesses da burguesia. As Grandes Navegações só foram possíveis por causa dos avanços tecnológicos do século XV. A única maneira de quebrar o monopólio comercial italiano era descobrir um novo caminho marítimo para as Índias. No entanto, até o século XV, isto era impossível, porque as técnicas de navegação eram muito rudimentares e não permitiam a navegação em alto mar. A partir do século XV, houve um grande avanço técnico na Europa Ocidental. O desenvolvimento da cartografia; que possibilitou a elaboração de mapas mais exatos, os estudos de astronomia, o aperfeiçoamento das embarcações; surgindo a caravela com velas triangulares. Os navegadores passaram a utilizar a bússola e o astrolábio