Expansão do mercado
Expansão do mercado. Repita a frase várias vezes, na ponta da língua. Grave-a em seu cérebro. Uma coisa é produzir pouca mercadoria para um mercado pequeno e estável, aonde o freguês vai até o local de trabalho e faz a encomenda. Outra coisa é produzir para um mercado que ultrapassou os limites de uma cidade ou fronteira. As estruturas das corporações destinavam ao mercado local e deixam de ter utilidade quando passa a ser em âmbito nacional ou internacional. Nessas corporações, o artesão era o carro motriz, suas produções somente poderiam atender um comércio limitado, mas com a ampliação dos mercados surge o intermediário com a tarefa de levar as produções dos trabalhadores aos consumidores até milhares de quilômetros. Retornando ao artesão, conheceremos melhor suas tarefas e seu papel, saberemos que ele produzia, negociava a mercadoria e a compra da matéria prima. Como empregador, tinha jornaleiro e aprendiz ao seu comando e agia como capataz supervisionando o trabalho deles, mas além de tudo isso ele era o lojista no balcão, vendia o produto acabado, assim ele acumulava cinco funções. Surgindo o intermediário, ele assumiu o papel de mercador e comerciante, o artesão agora fica com três funções; trabalhador, empregador e capataz. O intermediário se coloca entre ele e o comprador recebendo a mercadoria acabada do artesão e fornecendo a ele a matéria prima. Agora vamos falar do sistema de produção doméstica que não difere do sistema de corporação, pois o intermediário emprega a matéria prima para certo número de artesãos para trabalhar com o seu material e o artesão e seus ajudantes continuam trabalhando ainda com suas ferramentas, mas se a produção continua a mesma, a forma de negociar a mercadoria foi organizada pelo intermediário atuando como negociante. Embora o intermediário não modificasse a técnica de produção, ele reorganizou-a para