Existencialismo

Algumas idéias sobre o Existencialismo

O Existencialismo surge enquanto movimento filosófico no período entre guerras, na Europa. Todo o clima que se enfrentava em meio a uma crise geral proporcionou um ambiente favorável ao seu desenvolvimento, uma vez que as idéias discutidas por esse movimento abarcavam questões relativas à existência humana em um período tão conturbado como aquele.
Nomes importantes como Kierkegaard (1813 – 1855) e Nietzsche (1844-1900) figuram como precursores dessa corrente filosófica. Entre os existencialistas destacam-se Heidegger (1889-1976), Sartre (1905-1980) e Merleau-Ponty (1908-1961).
Cada um desses filósofos falou sobre a existência humana, criando doutrinas próprias e distintas entre si, porém com elementos comuns que possibilitam pensar o Existencialismo enquanto uma corrente filosófica.
Para o Existencialismo, o único ser que existe é o Homem, e ele exerce essa influência ao perceber-se livre para escolher. O Homem constrói sua essência a partir de suas escolhas, nada está pré-determinado, e é a partir da angústia de ter que escolher que o Homem define o que ele quer ser. A angústia se faz presente no momento de escolha porque este envolve deixar de lado todas as outras possibilidades em função de uma, ou seja, na escolha sempre lidamos com perdas. “O homem deve ser inventado todos os dias”, sintetiza Sartre. Por esse motivo nós temos a famosa frase, que é uma das máximas do Existencialismo: “A existência precede a essência”. Isso quer dizer que o ser humano é um constante vir-a-ser.
Já podemos perceber que a angústia é um tema central do Existencialismo. Ela não é vista como um sintoma que deve ser eliminado, mas sim como a marcação de um limite que sinaliza, no instante que ela aparece, a necessidade e, conseqüentemente, a possibilidade de mudança.
Ainda pensando na liberdade de escolha, é ela que fundamenta todos os valores que vão sendo construídos e, conseqüentemente, torna o homem responsável por tudo o que escolhe