Exercicios
Cap IV-A origem e utilidade da moeda
Num período posterior ao desenvolvimento social responsável pela divisão do trabalho, verifica-se que na sociedade é imprescindível a troca, pelo menos aos trabalhadores que incorporam esta estratégia de produção. Uma vez que um individuo faz parte de um trabalho especializado numa cadeia de produção de um produto especifico, deixa de poder ser o trabalhador polivalente que encabeça todos os processos de produção e criação de uma vasta gama de bens, os quais em variedade mínima supriram as suas necessidades e as da sua família. A divisão do trabalho tendo como vantagem os aumentos na produção, incrementou assim a necessidade da troca de bens e a sociedade torna-se mercantil. Estas trocas são essencialmente possíveis porque, devido à divisão do trabalho, todos os homens têm em excesso o produto do seu trabalho especializado mas têm em défice ou total escassez outros bens de que necessitam que são por sua vez produzidos pela especialização de outros homens. Acontece no entanto que os serviços que uns homens podem prestar aos outros são em grande parte limitados uma vez que as trocas de bens nem sempre eram possíveis ou justas devido aos diferentes valores em trabalho que determinada mercadoria possuía bem como ás diferentes quantidades inerentes à essência de determinados bens, que podiam ser indivisíveis. A termo de exemplo, um homem que deseje obter um punhado de sal e só possua uma vaca para dar em troca, terá de trocar todo o valor da vaca pela quantidade correspondente em sal. Outro tipo de problema derivado da troca directa em géneros é o das necessidades, ou seja, se um homem necessita de um determinado bem que outro homem possui em excesso para troca, e não possui em excesso nada em que o outro possa ter interesse, não será possível ao primeiro obter o que necessita. Havia no entanto homens avisados que traziam consigo os mais diversos bens que trocavam pelo seu bem inicial, isto para