exercicios x lipoproteinas
2002; 79: 429-33.
Prado
& Dantas
Atualização
Efeitos dos exercícios nas lipoproteínas
Efeitos dos Exercícios Físicos Aeróbio e de Força nas
Lipoproteínas HDL, LDL e Lipoproteína(a)
Eduardo Seixas Prado, Estélio Henrique Martin Dantas
São Paulo, SP
Entre os fatores de risco que provocam o desenvolvimento da doença arterial coronariana, encontram-se as dislipidemias, que são distúrbios do metabolismo lipídico, com repercussões sobre os níveis das lipoproteínas na circulação sangüínea, bem como sobre as concentrações dos seus diferentes componentes 1. Mais especificamente, as dislipidemias com níveis anormais de colesterol total, triglicerídeos, lipoproteínas de alta densidade ligada ao colesterol (HDL-colesterol), lipoproteínas de baixa densidade ligada ao colesterol (LDL-colesterol) e lipoproteína(a) plasmática, estão diretamente associadas à gênese e evolução da aterosclerose 2,3. A elevada concentração de LDL-colesterol e lipoproteína(a), assim como a baixa concentração de HDLcolesterol plasmáticas, têm sido consideradas como fatores de risco independentes para o desenvolvimento da aterosclerose 1-4. Além dessas alterações lipídicas, o estilo de vida sedentário é outro fator de risco que concorre para o desenvolvimento da placa aterosclerótica. A prática de exercícios físicos é estimulada atualmente como parte profilática e terapêutica de todos os fatores de risco da doença arterial coronariana. O combate à dislipidemia através de exercícios físicos tem sido alvo de inúmeros estudos e debates científicos em todo o mundo e, atualmente, está sendo recomendado como parte integrante de seu tratamento 5,6. Sabe-se que esta discussão surgiu devido à existência de um grande número de pessoas com alterações lipídicas/lipoprotéicas sujeitas à doença arterial coronariana e às conseqüências socioeconômicas causadas pelas milhares de internações por doenças cardiocirculatórias existentes em todo o mundo, com grandes repercussões