Exemplo de memorial
De acordo com os meus pais, fui um bebê saudável de hábitos comuns, fui considerada pela minha pediatra, Dra. Ângela Lopes, assídua até demais na hora de comer e dormir, comia bem, dormia bem, e era bastante simpática, o que facilitava conviver com outras pessoas da família.
Meu primeiro ano de vida foi marcado por inúmeras surpresas, os primeiros dentes que começaram a surgir aos cinco meses, a autonomia de deslocamento que veio bastante cedo, aos sete meses já engatinhava e conhecia os diferentes espaços da casa, o que me proporcionou outras habilidades: rejeitei o leite materno e já balbuciava algumas palavras aos oito meses, comecei a andar aos nove meses.
Nesse momento da minha infância os sorrisos que eram muitos eram seguidos de gargalhadas, segundo os meus pais tudo era festa, muitas músicas, palmas e gritos “aê!!!” para celebrar as novas conquistas. O repertório lexical crescia, e era constatado por eles todos os dias, quando eu pronunciava as palavras que sabia repetidamente ao amanhecer como forma de não esquecê-las (“sim, não-não, dá, papai, mamãe, pega, água”).
Caminhei para o segundo ano de vida. Apesar de ser filha única, fui criada em um ambiente de muitos primos, e para os meus tios, meu desenvolvimento já permitia o início da vida escolar, despertando também em meus pais esse desejo. Mesmo com toda a insegurança por eu ainda usar fraudas e depender de forma significativa de cuidado rigoroso, passei a frequentar a sala de aula do maternalzinho I com apenas um ano e oito meses de idade, e ao completar dois anos – quatro meses de escola – a autonomia crescia, sai das fraudas, sabia lavar as mãos sem auxílio e já dialogava com