Exemplos de memoriais

A minha trajetória escolar teve início em 1994 quando fui matriculada na escola municipal Antônio Procópios. A escola era pública, primária e multisseriada. Além disso, possuía uma péssima infraestrutura, o que dificultava muito o aprendizado.
Tempos mais tarde, devido à falta de investimento, a escola foi fechada, então tive que ir estudar na escola do distrito. Não havia transporte escolar, por isso, percorria vários quilômetros a pé.
Mesmo com tantos obstáculos, continuei os estudos no decorrer dos anos, firme nos meus ideais, buscando a concretização de um sonho que era a formação superior.
Formei o ensino médio e só três anos depois resolvi fazer vestibular e dar continuidade aos meus estudos, então me escrevi no curso de licenciatura em educação do campo, curso esse que é resultado das lutas pela educação travadas pelas entidades.
Passei no vestibular e em fevereiro de dois mil e oito, mas precisamente no dia dezoito, inicia-se a minha trajetória acadêmica. Era o sonho se concretizando, começava ai uma nova etapa da minha vida.

(...) Nenhum dos meus irmãos, apesar do esforço e empenho de mamãe conseguiu concluir os estudos e esse era o seu sonho, ver os filhos formados. Ela não tivera oportunidade de se formar, mas sabia muito bem como isso é importante para todo ser humano, e é claro ela queria o melhor para nós. Só restava a caçula e todas as expectativas foram depositadas em mim, mas isso só me ajudou, não foi peso algum, eu sempre gostei de estudar, sempre fui muito curiosa, sempre quis saber das coisas. (...)
Em 1991 passei no concurso público que a Prefeitura Municipal de Americana estava realizando, fui convocada e comecei a lecionar ainda naquele ano. (...) Foi um período muito difícil, o que eu tinha visto no magistério há seis anos atrás já não era mais utilizado, era tido como ultrapassado e decadente, a grande novidade era o construtivismo. Construtivismo, que no contexto educacional, pode ser entendido como uma tendência