Exclusão social

Desde do princípio do século XX os fenómenos de exclusão social e a pobreza têm tido várias interpretações provocadas pelo o desenvolvimento das sociedades. Hoje em dia, o número de pessoas que se deparam com esta realidade tem vindo a aumentar devido contexto socioeconómico existente.” O modelo societário preconizado pelo capitalismo está em crise face à velocidade com que ocorrem diversas transformações na sociedade, a utopia do Estado de bem-estar desvanece-se principalmente com a ameaça constante do desemprego e a insuficiência de mecanismos de resposta” (Rodrigues, 2003:43), por isso, devido à concorrência internacional e a influência da globalização, os Estados- providência são pressionados a atingir objetivos de emprego, produtividade, fiscalidade e solidariedade que tenham em consideração as novas necessidades e riscos nas áreas da saúde, educação, emprego, formação, pensões, originados pelo desenvolvimento e alterações tecnológicas e também dos ajustamentos futuros individuais e globais de acordo com o modelo social europeu. Para Maria dos Prazeres Lourenço (2005) a erradicação da pobreza e da exclusão social constituem um dos principais desafios do desenvolvimento e dos direitos humanos.
Na Europa surgem duas correntes teóricas sobre a pobreza, a Inglesa e a Francesa, a primeira centra-se nos aspetos económicos e a segunda nos aspetos culturais, desta forma a abordagem económica analisa a pobreza e a exclusão social a partir dos rendimentos e a relação entre a privação dos mesmos e os fenómenos sociais, considerando a distinção entre a pobreza absoluta (ausência total de recursos que coloca em causa a própria sobrevivência humana) e a pobreza relativa (situação de privação parcial de recursos que impedem o acesso aos padrões de vida da sociedade de referência), conceitos estes que vão ajudar na escolha das medidas de política social no combate à pobreza e exclusão social. A corrente Francesa considera que as situações de pobreza estão presentes