Exclusão social
Quando falamos em Exclusão Social facilmente se liga a um processo que coloca indivíduos e ou grupos sociais à margem da sociedade.
A pobreza é sem dúvida a meu ver a mais recorrente, a que é mais visível, uma vez que por se ser pobre, é-se excluído dos sistemas sociais básicos.
A falta de recursos traduz-se em falta de acesso às oportunidades oferecidas pela sociedade, pode implicar uma acentuada privação de recursos materiais e sociais que levam à ausência de cidadania, impedindo a participação plena na sociedade.
É mãe, é solteira, está desempregada por não ter apresentação cuidada (por falta de recursos financeiros), porque a procura de emprego cinge-se perto da zona de residência (por falta de transporte ou meios para o pagar) o que dá menos opções, por não ter um grau de ensino elevado (falta de recursos dos pais), provém de uma família já socialmente excluída por não ter recursos, não ter propriedades, não ter qualquer posição considerada por outro social.
O filho começa também ele a sentir os primeiros sintomas aquando da sua entrada no ensino escolar.
Começa pelos pais dos colegas, que por conhecerem a família já não se aproximam desta criança para a cumprimentar, perguntar pela mãe, como é comum de fazerem com outras crianças, de seguida transmitem esse sentimento quase que de repugna, diria eu, para os filhos, chamando-lhes a atenção para se afastarem daquela criança, para não ficarem como ela, “pois ela é filha de fulana tal (daquela gente) ”.
Depois disto vem a própria professora, o que me choca ainda mais, a criança não está tão “arranjadinha “como as restantes não tem o hábito de bajular porque quer se queira quer não, os pais (maioritariamente mães) conseguem ir influenciando a professora, e quando existe ainda dificuldades na aprendizagem dessa criança a citação que é usual usar-se é “ o que fazer, ela é daquela família…”.
Esta é claramente uma situação de exclusão social, quer ao nível económico, cultural e social.