Evolução do conceito de átomo
Leucipo de Mileto (450 a.C.) e seu discípulo Demócrito de Abdera (420 a.C.), foram os primeiros a discorrerem sobre a composição dos objetos.
Demócrito, considerado o pai do atomismo, defendia a ideia de que se dividíssemos um objeto em partes menores, essa divisão seria finita, ou seja, chegaríamos a um ponto onde não seria possível dividir esta partícula.
Surgia então a ideia da partícula indivisível, invisível e impenetrável, que recebeu o nome de átomo, e consequentemente iniciou-se um estudo sobre a matéria.
O próprio Demócrito afirmou que a matéria era descontínua, que significa que ela não era constituída pela fusão ou divisão de átomos, mas pela combinação destes com os quatro elementos (fogo, terra, ar e água).
Apesar da ideia do atomismo, filósofos e cientistas adotaram a ideia de Aristóteles, que defendia a matéria contínua, até o século XVI d.C.
O atomismo de Demócrito foi registrado por Lucrécio (60 a.C.) no poema De Rerum Natura e sua ideia tornou-se o pontapé inicial os estudos químicos e físicos sobre a composição da matéria.
A BOLA DE BILHAR
Após séculos, John Dalton (1803) retomou a ideia do atomismo grego, proposta por Demócrito, por isso considerava o átomo como uma partícula esférica, maciça, indestrutível e imutável, que é comparada a uma bola de bilhar.
Em uma época em que procuravam explicações sobre as transformações químicas, Dalton passou a estudar os aspectos quantitativos deste fenômeno.
Seu estudo era focado na solubilidade dos gases, e por isso baseou-se na ideia proposta por Lavoisier de que os gases eram formados por corpúsculos.
Após analisar as quantidades de elementos envolvidas nas transformações químicas, Dalton propõe que a massa de cada corpúsculo influenciava no resultado destas transformações, afirmando que corpúsculos de gases diferentes possuíam massas diferentes.
Futuramente, esses “corpúsculos” seriam chamados de átomos e, baseado também na Lei de Proust,