evolução da orquestra
From violin band to orchestra - by Peter Holman
É, na nossa opinião, necessário proceder ao enquadramento do artigo que se segue antes de uma abordagem à temática que este trata.
Peter Kenneth Holman (b.1946) é um maestro e musicólogo Inglês. Co-fundador do ensemble The Parley of Instruments. Foi no final do ano passado, com vista ao ano de 2015 (new year honours) , galardoado com uma menção de honra do governo britânico pelos serviços prestados à musica antiga1.
Este pequeno ensaio, a par de muitos outros, foram redigidos e organizados sob a forma de capítulos no seguimento da National Early Music Association Conference, conferência esta que teve lugar na College of Ripon University e na York St John University entre 2 e 4 de julho de
1999, dando assim origem à obra From Renaissance to Baroque.
Sendo este um ensaio que incide sobre o processo através do qual a orquestra barroca ganha forma e estrutura enquanto agrupamento, Peter Holman salienta desde o início a importância do estudo do mesmo para que seja possível, posteriormente, compreender a evolução deste organismo até à actualidade.
Este ensaio pretende esclarecer esse processo a vários níveis. Quais foram as movimentações geo-culturais que estiveram implicadas; como é que este agrupamento evoluiu em efectivo instrumental e ainda clarificar de que forma é que este processo terá influenciado a evolução dos instrumentos de sopro até aos dias de hoje.
Para o autor, um dos principais problemas de base que surge quando se debate a origem da orquestra é precisamente a interpretação etimológica da palavra orquestra. Um dos seus primeiros significados esteve associado até ao século XVII ao espaço físico diante ou anterior ao palco dos anfiteatros gregos ou outras salas de espectáculo. Sendo que só posteriormente é que a palavra orquestra ganhou a conotação que tem hoje2.
Só apenas, aproximadamente, um século depois de a orquestra moderna se ter estabelecido nos variados centros musicais europeus é