Teatro grego
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O Teatro de Dionísio em reconstituição do século XIX.
O teatro na Grécia antiga teve suas origens ligadas a Dionísio, divindade da vegetação, da fertilidade e do vinho, cujos rituais tinham um caráter orgiástico. Durante as celebrações em honra ao deus, em meio a procissões e com o auxílio de fantasias e máscaras, eram entoados cantos líricos, os ditirambos, que mais tarde evoluíram para a forma de representação plenamente cênica como a que hoje conhecemos através de peças consagradas.
Seu florescimento ocorreu entre 550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial em Atenas, que neste período também conheceu seu esplendor, mas espalhou-se por toda a área de influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África. Sua tradição foi depois herdada pelos romanos, que a levaram até as suas mais distantes províncias, e é uma referência fundamental na cultura do ocidente até os dias de hoje.
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Evolução e características
Com o passar do tempo, as procissões dionisíacas foram ficando mais elaboradas, e surgiram os "diretores de coro", os organizadores das procissões, já que elas podiam reunir nas cidades até vinte mil pessoas. O primeiro diretor de coro e dramaturgo foi Téspis, convidado pelo tirano Pisístrato para dirigir a procissão de Atenas e vencedor do primeiro concurso dramático registrado.
Téspis parece ter sido um elo importante na evolução final do ditirambo cantado em direção ao texto recitado e dialogado, criando a figura do "respondedor ao coro" (hypócrites) e a do personagem individualizado, o ator, em contraste ao coro, anônimo e coletivo. Com estas inovações, é considerado o pai da tragédia, mas possivelmente não tenha sido de fato o primeiro a usar diálogos. Sólon parece ter escrito poemas com esta característica, e os rapsodos que recitavam Homero também faziam uso da prosa dialogada.[1] Também parece ter introduzido um segundo personagem, além do protagonista, representando dois