Evolução da atmosfera
Introdução
Atmosfera primitiva da Terra
Nos primeiros tempos após a sua formação, a Terra era uma bola rochosa, muito brilhante, bombardeada frequentemente por meteoritos e cometas. Não tinha atmosfera e a sua superfície reflectia parte da radiação solar nela incidente. Pensa-se que os gases que predominavam na nebulosa primitiva que deu origem ao sistema solar (o hidrogénio e o hélio), por serem muito leves, foram lançados para as zonas exteriores do sistema solar pelas radiações e pelo vento solar emitidos pelo sol.
A actividade radioactiva de elementos existentes no interior da Terra, como o urânio e o tório, originou a libertação de consideráveis quantidades de energia, o que conduziu ao aquecimento do interior da terra. A energia libertada nas colisões dos meteoritos e cometas com a Terra contribuiu, também, para o seu aquecimento.
O interior da terra começou a fundir-se permitindo uma redistribuição dos materiais que o compunham, por acção da força gravitacional: os mais densos, como o ferro e o níquel, para o interior; os menos densos, como os silicatos, para a superfície.
Devido aos movimentos das diferentes camadas de matéria fundida, a superfície da Terra decerto parecia um gigantesco lago de lava ardente, interrompido aqui e ali por vulcões com violentas erupções.
Esta actividade vulcânica da Terra permitiu a desgasificação do seu interior devido à:
Fuga de gases voláteis para o exterior da crosta terrestre, os quais estavam aprisionados no interior da terra;
Ruptura de ligações que «prendiam» outros gases a rochas e minerais, que assim também escaparam para o exterior da crosta terrestre.
Estes gases libertados constituíram a atmosfera primitiva da Terra.
À medida que a Terra foi arrefecendo e os gases se foram libertando, a atmosfera primitiva começou a ficar saturada por vapor de água.
A água começou a cair sob a forma