Evoluçao historica da enfermagem em portugal
Nos anos 70, os cuidados de enfermagem eram prestados na sua maioria por auxiliares.
Estes profissionais, não tinham um reconhecimento formal das suas competências: * Nível remuneratório; * Oportunidades de formação profissional.
Os enfermeiros do curso geral tinham por sua vez, todo o reconhecimento. Estas assimetrias criaram uma divisão entre os enfermeiros, ditos da prática e os das gestões, isto é; Auxiliar de Enfermagem e Curso Geral, os do curso geral formavam-se em escolas sediadas no Porto, Coimbra e Lisboa e o seu percurso académico preparava-os para ocupar cargos de gestão (Nunes, 2007). O facto mais evidente da discórdia era a rejeição de tarefas não constitutivas do seu curriculum de curso, destacando-se a ministração de terapêutica por via endovenosa.
Paradoxo: se por um lado não queriam ser comandados pelos enfermeiros, a quem já não reconheciam a competência para dirigi-los, na execução prática, por outro lado recusando a ministração de terapêutica endovenosa, mantendo a obrigatoriedade de prepará-las para os outros, estavam a evidenciar, ainda mais, a dependência e comando, que rejeitavam liminarmente (Azevedo, 2006).
Até aqui, os currículos dos cursos serviam para definir tarefas e funções ao mesmo tempo que criavam divisões.
Em 1971, dá-se a reforma dos sistemas educativo e da saúde. E em 1972, com a alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo, cria-se o Curso de Promoção dos Auxiliares de Enfermagem com a duração letiva de dois anos e há também o anúncio pelo Ministério da Educação da criação do Curso Superior de Enfermagem.
Em Portugal, o número de auxiliares que se formavam anualmente era cinco vezes superiores ao número de enfermeiros com o curso geral.
Em 1973, ouve o 1º congresso nacional de Enfermagem, onde ocorreu a integração do ensino de enfermagem no sistema educativo nacional; a transformação em ensino superior e a Defesa do estatuto profissional. Surge a necessidade de criar uma Ordem dos enfermeiros