evita peron

Resenha Crítica: Eva Perón – A Verdadeira História

Ficha Técnica
Título: Eva Perón – La verdadera historia
Ano: 1996
País: Argentina
Diretor: Juan Carlos Desanzo
Roteiro: José Pablo Feinmann
Elenco: Cristina Banegas, Esther Goris, Irma Cordoba, Jorge Petraglia, Lorenzo Quinteros, Pepe Novoa, Tony Vilas, Victor Laplace
Produtor: Hugo Eduardo Lauria
Duração: 120 minutos
Trilha Sonora: José Luiz Castineira de Dios
Fotografia: Juan Carlos Lenardi
Cor: Colorido
Idioma: Espanhol
Gênero: Drama

Dois lados da moeda: Maria Eva Duarte Perón e Evita. A primeira, uma mulher comum, nascida numa província de Buenos Aires em 7 de maio de 1919. A segunda, uma personagem fabricada, um mito. É sobre esses dois lados dessa figura emblemática da história da Argentina que o filme analisado vai tratar, e através dele analisará a conjuntura política da época e o emergir do populismo.
O filme começa nos mostrando o processo eleitoral presidencial de 1951 e o embate entre a golpista oligarquia argentina e o peronismo, que eram arquirrivais. Evita, nesse contexto, aparece como o grande “cabo eleitoral” do peronismo, graças ao seu carisma e apoio dentro das camadas populares argentinas, os descamisados. Essa eleição servirá como um pano de fundo para a película que, no entanto, não se move de maneira linear cronologicamente e nem de maneira temática, vez que intercala momentos pessoais e embates políticos de Eva Perón, ainda na questão da dualidade pessoa/mito dessa figura histórica.
Evita, mesmo antes de assumir esse que foi o papel de sua vida, um verdadeiro tour de force, é representada como sendo uma mulher aguerrida, de origem humilde, filha bastarda e que não se deixava desistir frente a obstáculos. Essas características acabaram gerando uma certa identificação dela com a classe trabalhadora, com quem constrói sólidos laços graças a seu carisma e magnetismo pessoal, e que acaba a aclamando como a melhor candidata à vice-presidência da Argentina para